Tudo indica que os trabalhos do artista plástico brasileiro Cildo Meireles, na Galeria G5, no Museu de Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais, com o título de “Desvio para o vermelho: Impregnações, Entorno, Desvio” são anteriores ao rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, tragédia que resultou na morte de 259 pessoas e 11 desaparecidos, no dia 25 de janeiro de 2019. Mas para algumas pessoas (como foi o meu caso, em janeiro de 2020) que visitam a Galeria G5 o impacto da sala Entorno, ligada à sala da obra Desvio, nos remetem imediatamente a reflexão sobre os efeitos dos desastres ambientais que ocorrem no mundo e em particular em nosso País. Como foi o caso da Tragédia de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, com o rompimento da Barragem do Fundão, que devastou o distrito de Bento Rodrigues e atingiu o Rio Doce. Ou a desgraceira de Barcarena, no Pará, quando ocorreu o vazamento da barragem de contenção de rejeito de alumina que atingiu, com lama vermelha, vários, rios, igarapés e comunidades. Para conhecer um pouco mais a biografia de Cildo Meireles, leia o link https://www.ebiografia.com/cildo_meireles/ E sobre os trabalhos do artista contemporâneo expostos no Museu Inhotim, vale a pena ler o texto de Daniela Nogueira Mendes e Fábio Bruno Araújo Queiroga no link https://gvcult.blogosfera.uol.com.br/2015/06/15/desvio-para-o-vermelho-impregnacao-entorno-desvio-cildo-meireles/ Fotos: Paulo Roberto Ferreira.
Felipe Alves de Macedo, o Filipinho, deixou a Terra. Foi ao encontro de seus companheiros de luta no Araguaia: Raimundo Ferreira Lima (Gringo), João Canuto, Expedito Ribeiro e tantos outros bravos camponeses que lutaram e tombaram na luta pelo direito de viver e produzir no campo. Dedicou seus 81 anos de vida ao cultivo da terra como animador de comunidade, na organização e resistência dos lavradores, em Conceição do Araguaia. Filipinho foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia, dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Pará) e membro do Partido dos Trabalhadores. Viveu parte de sua vida sob ameaça de pistoleiros a serviço do latifúndio. O ex-dirigente do STTR fez parte de uma lista de “marcados para morrer”. O repórter-fotográfico João Roberto Ripper, que integrou a agência F-4, fez um registro, em 1980, com seis pessoas ameaçadas: Maria da Guia, Josimar, Filipinho, Oneide Lima (viúva do Gringo), Luiz Lopes e João Pereira. O jornalista, em...


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