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Mostrando postagens de 2024

Atrás do Tempo lança single “Os Cravos”

A partir de hoje (21/04) a banda “Atrás do Tempo” lança uma das 20 músicas que estarão brevemente no álbum “Entrelaços”. O lançamento do single “Os cravos” soma-se aos eventos em homenagem pelos 50 anos da “Revolução dos Cravos”, que se comemora no dia 25 de abril (quinta-feira), em Portugal. Inspirada no movimento que pôs fim a ditadura salazarista no país lusitano, em 1974, a letra começou a ser costurada durante o período da pandemia do coronavírus. Faz referência à luta contra o neonazismo, simbolizado pela “besta-fera” e às lutas de resistência na Amazônia, como a Revolta dos Tupinambás, em 1618, e a Cabanagem, em 1835. E, ainda, ao processo de eleição presidencial no Brasil, em 2022. A música é assumidamente inspirada em uma canção que transcende o tempo e uniu várias gerações: “Tanto Mar”, de Chico Buarque, lançada em 1975. Nela Chico também se refere a Revolução dos Cravos. Os autores de “Os cravos”, Norberto Ferreira, Paulo Roberto Ferreira e Marcelo Carvalho, evocam os cravo

O RECURSO DO PALAVRÃO PARA ENGANAR O CENSOR

O extinto jornal “Folha do Norte” publicou que a Universidade Federal do Pará estava preparando um “espetáculo subversivo”. Tudo porque a instituição tinha convidado o diretor gaúcho Lineu Dias para desenvolver o projeto de Estudo de Pesquisas Teatrais. O texto escolhido foi “Pedreira das Almas”, do dramaturgo Jorge Andrade. Depois de quatro meses de ensaio, o ator Cláudio Barradas, que interpretava o coronel que comandava uma mina de ouro no século 19, recebeu uma missão. Antes da apresentação para a censura, Lineu Dias sugeriu ao ator: “Barradas, sempre que você puder, use palavrões, eles vão se prender a isso e esquecem o resto”. Mas como ele não avisou aos demais integrantes do elenco, os outros atores pensavam que Barradas tinha enlouquecido. “O pessoal da censura cortou todos os palavrões e o espetáculo foi liberado”, conta o hoje padre Barradas, ordenado em 1992. Este depoimento está no livro “A censura no Pará – a mordaça a partir de 1964”, uma narrativa sobre o papel do regime