Bruno Sechi também defendeu a reforma agrária, combateu a violência no campo e foi solidário com os padres e posseiros do Araguaia
A luta e empenho do Padre Bruno Sechi pelo direito da criança e do adolescente marcou sua trajetória de vida. Deixou uma obra extraordinária de respeito, acolhimento e orientação às crianças pobres da periferia de Belém. Sua morte, na última sexta-feira (29/06/20), comoveu a população da cidade. Seu espírito humanista norteou também sua atuação em outras áreas da igreja católica, como por exemplo, na Comissão Arquidiocesana, onde atuou com muita firmeza na defesa dos interesses dos camponeses e da ação pastoral da chamada ala progressista do clero brasileiro, identificada com as orientações do Concílio Vaticano II, que “proclamou a necessidade de mudanças nas estruturas de um sistema gerador de injustiças sociais". Italiano da região da Sardenha, Bruno nasceu em 1939 e se naturalizou brasileiro logo que chegou ao Brasil, no final da 1960. Liderou um grupo de jovens na organização da República do Pequeno Vendedor, em solidariedade às crianças que trabalhavam no mercado do Ver-O-