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Mostrando postagens de agosto, 2020

Antes da cobertura do vestibular de 1981

Hoje é dia de recordar do tempo em que eu trabalhava no jornal O Liberal e convivia com companheiros da rádio e TV do mesmo grupo empresarial, no início dos anos 1980. Fomos convocados para uma foto ao lado do prédio da TV, na avenida Nazaré, num domingo, bem cedo, em que se iniciavam as provas do vestibular para a Universidade Federal do Pará, em 1981. Aqui nesta foto estão apenas uma parte das equipes dos três veículos de comunicação. Como o horário combinado foi pela manhã, o pessoal dos turnos da tarde e noite não pode comparecer. Com a ajuda do cinegrafista José Carlos Raiol (o Grelha), consegui identificar boa parte da nossa turma. De pé - Alexandre Lima (fotógrafo do jornal); Caneco (filho do Odorico); Eurico Alencar (também fotógrafo do jornal); Waldemar Feitosa (chefe de reportagem da TV); Paulo Graça (cinegrafista); Marcos Pinheiro (cinegrafista); José Carlos Raiol (cinegrafista); Peter Roland (cinegrafista); Antenor dos Santos; Jimo Cupim; Edson; Gouveia Jr (cinegrafista);

36 anos da entrevista com Quintino e a resistência camponesa no Alto Guamá

Eu nem lembrava que foi no dia primeiro de agosto de 1984 que publiquei, no jornal O Liberal, a primeira entrevista com Quintino Silva Lira, líder dos posseiros da Gleba Cidapar, que reagiu à grilagem de terras e organizou um grupo para resistir aos pistoleiros da região da Pará-Maranhão (rodovia BR-316) entre os rios Guamá e Gurupi. Quem me ajudou a recordar aquele trabalho foi a pesquisadora Juliana Patrizia Saldanha de Souza, de Santa Luzia do Pará, mestra em Linguagens e Saberes na Amazônia pela Universidade Federal do Pará. Acompanhei desde 1983 aquele conflito fundiário que envolvia 10 mil famílias de pequenos agricultores e empresas agropecuárias, numa área de 387 mil hectares. Compartilho aqui a postagem que a Juliana fez sobre o nosso encontro virtual, em 15/08/20. As fotos são do repórter-fotográfico Alexandre Lima, durante uma de nossas reportagens na Gleba Cidapar, um ano antes da entrevista, em 25 de setembro de 1983. Diário de uma Pesquisadora: QUINTINO LIRA e eu!

Quando Sebastião voltou a morar no Tapajós

Em 1999 o músico Sebastião Tapajós me concedeu uma entrevista, em Santarém, para falar de sua volta à região Oeste do Pará, após morar mais de 40 anos fora de sua terra. Era um sonho que acalentava durante décadas. Queria poder navegar pelos rios Tapajós, Arapiuns e outros. Ele nasceu dentro de um barco, no rio Surubiú, em frente a cidade de Alenquer, e foi registrado com o nome de Sebastião Pena Marcião, em abril de 1943. Festejado nas principais metrópoles mundiais, o músico paraense era pouco conhecido em sua terra. Vendia mais disco no exterior que no Brasil. Não tinha comparação, também, o que recebia em direito autoral na Alemanha e no Japão, por exemplo, em relação ao que lhe pagavam aqui. Trazia no currículo a participação em concertos com ícones da música internacional, como Astor Piazzolla, Oscar Peterson, Paquito D'Rivera e de consagrados compositores brasileiros como Baden Power, Altamiro Carrilho, Hermeto Pascoal, Sivuca, Egberto Gismont, Paulo Moura e outros. Segundo

O fracassado Plano Nacional de Reforma Agrária e a reação da UDR

Em outubro de 1985 o primeiro presidente civil, após a Ditadura Civil-Militar (1964/1985), José Sarney, lançou o Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), com a meta de assentar 1,4 milhão de famílias de agricultores. Mas a reação dos fazendeiros foi imediata. O atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado, percorreu o Brasil para divulgar a criação da União Democrática Ruralista (UDR) e ameaçava enfrentar com armas à implantação do plano. Mais de 200 camponeses foram assassinados entre 1986 e 1987 e os assentados foram apenas 140 mil famílias, ou seja, 10% da meta do PNRA. A foto 01 (de 18 de abril de 1986) revela o momento de uma coletiva à imprensa, convocada pela CUT e por entidades de direitos humanos, para denunciar a violência no campo, por meio do simulado “Tribunal da Terra”. Em pé (da esquerda para a direita): advogado José Carlos Castro, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA e do núcleo jurídico da SDDH; padre Ricardo Rezende Figueira, da Diocese de Conceição do Araguaia e