O ano era 1981 e o mês, novembro. Está lá na página 16, da edição 31 do jornal “Resistência”. A matéria é assinada pela Jeanne Marie e fotos do Miguel Chikaoka. Tem como título “O crítico e alegre teatro de bonecos”. Reportava sobre a chegada a Belém do grupo “Estrela do Norte” liderado por Potenguy Guedes Filho, ou simplesmente Babi Guedes, artista popular do Nordeste, que foi atraído pelo Círio de Nazaré, naquele ano. Ele montou sua empanada colorida nas praças da República, Batista Campos e ao lado do antigo Cinema Moderno, no largo de Nazaré. Fez a alegria das crianças e dos pais. Ficou em Belém por algum tempo, com seus bonecos de madeira. Fez oficinas em vários bairros periféricos, ensinando o seu ofício; tratou de temas como falta de saneamento, saúde e educação em locais como Terra Firme, Pedreira e Telégrafo. Babi explicava, a arte do mamulengo (também conhecida como molengo, momolengo ou mamolengo) deriva de mão mole, molenga. E é “uma forma divertida de criticar a rea
Memória cultural da Amazônia