Acontece cada situação inusitada em nossas vidas! Nesta semana o meu filho teve que enfrentar a incômoda presença de uma rã dentro do carro. Foi uma luta para se livrar do anfíbio, desde o início da manhã. Tentou de todo jeito, mas o pequeno animal saltava e se esquivava do perseguidor. Sem outro jeito, foi deixando passar as horas, até que já no início da noite, quando retornava para casa, deu carona para sua prima, que quando se deu conta da presença da indesejável passageira, fez o maior barulho, mandou parar o carro e saiu gritado:
- Mata, Tiago, mata, mata...
Um grupo de pessoas que caminhava no passeio, ficou assustado, parou e ficou olhando a moça assombrada e descabelada que não parava de repetir a frase. Com a porta aberta, o condutor do veículo conseguiu afugentar a perereca, que saltou para fora do carro e caiu justamente em cima da jovem. Ela se apavorou mais ainda e soltou todos os palavrões que lhe vieram à boca, contra o inofensivo caçote. Os transeuntes continuaram assustados e sem entender nada, até que a rã saltou do corpo da moça e seguiu rumo ignorado. Já mais calma, a jovem retornou ao seu assento, no banco do carona, e o carro seguiu seu trajeto.
Em tempo de frequentes assaltos e sequestros, todo mundo fica sobressaltado com qualquer movimento diferente que acontece na rua. Nem sempre o episódio acaba em gargalhada, depois do caso passado. Existem ocasiões em que o sujeito chega até a pensar se realmente ainda continua presente no mundo das pessoas visíveis. Foi o que aconteceu com um jovem português, que está vivendo no Brasil há cerca de um ano.
Ele foi assaltado às proximidades de um supermercado, em Ananindeua, há duas semanas. De tão assustado e até para evitar represálias, preferiu permanecer no anonimato. Contou para a autoridade policial e aos repórteres de plantão, que foi surpreendido pelo assaltante, que desejava a sua motocicleta. Como já estava parado numa esquina, o lusitano só fez desmontar do veículo e entregar a chave da moto. Mas, o assaltante, muito nervoso apertou o gatilho da arma e a bala seguiu em direção ao peito da vítima que, instintivamente tentou se defender do projétil, levantado levemente o braço.
Foi a sua sorte. A bala atingiu o relógio de pulso e resvalou pelo braço do assaltado. Ainda em dúvida se estava no mundo das pessoas materialmente encarnadas, o português levou alguns segundos para ter certeza de que não morrera. E ainda chegou a ver o assaltante corendo e deixando para trás o seu objeto de desejo. O meliante também pensou que tivesse tirado a vida do motociclista e fugiu. Felizmente este episódio teve um desfecho diferente da maioria dos casos que estamos acostumados a acompanhar pela mídia.
São ocorrências verdadeiras que parecem ficção. Semelhante ao que aconteceu no Rio de Janeiro, quando um grupo de pessoas bebia e comia churrasquinho numa praça, em frente a um bar. Era um local de encontro, onde prostitutas e travestis faziam ponto. No meio do grupo estava uma mulher em adiantado estado de gravidez. Mas como não tinha família e dividia o quarto com outra “dama da noite” foi para a praça a fim de não ficar só em casa.
Houve um acidente entre dois automóveis e o condutor de um dos veículos teve seu corpo projetado para o meio da praça. Foi um sururu danado. Era mais quem gritava e corria. No meio do pânico. A gestante entrou em estado de parto e a criança começou a nascer ali, mesmo. Uma outra mulher gritou:
- Alguém pega ali, no bar, pano, faca e um balde com água. Eu preciso cortar o cordão umbilical.
Um dos bêbados atravessou a rua correndo e como tinha intimidade na casa, pegou um guardanapo que estava em cima do balcão, uma peixeira de cortar charque e um balde que ficava embaixo de uma torneira danificada, por onde pingava água o dia inteiro. Quando retornou para o local do parto, uma viatura da Polícia já havia chegado. Um dos policiais vendo aquele homem chegando com uma faca na mão perguntou:
- Pra que é essa faca?
A resposta foi imediata:
- Para a puta que pariu!
Resposta correta, mas interpretada pelo policial como uma ofensa. Resultado, o homem prestativo em ajudar alguém, numa hora de dificuldade, foi preso por desacato à autoridade. São situações inusitadas, que podem acontecer na vida de qualquer um. Tudo depende do momento. Tomara que não aconteça nada parecido com as três situações acima, com você caro leitor (Paulo Roberto Ferreira).
Felipe Alves de Macedo, o Filipinho, deixou a Terra. Foi ao encontro de seus companheiros de luta no Araguaia: Raimundo Ferreira Lima (Gringo), João Canuto, Expedito Ribeiro e tantos outros bravos camponeses que lutaram e tombaram na luta pelo direito de viver e produzir no campo. Dedicou seus 81 anos de vida ao cultivo da terra como animador de comunidade, na organização e resistência dos lavradores, em Conceição do Araguaia. Filipinho foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia, dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Pará) e membro do Partido dos Trabalhadores. Viveu parte de sua vida sob ameaça de pistoleiros a serviço do latifúndio. O ex-dirigente do STTR fez parte de uma lista de “marcados para morrer”. O repórter-fotográfico João Roberto Ripper, que integrou a agência F-4, fez um registro, em 1980, com seis pessoas ameaçadas: Maria da Guia, Josimar, Filipinho, Oneide Lima (viúva do Gringo), Luiz Lopes e João Pereira. O jornalista, em...
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