Ananindeua, o segundo município mais populoso do Pará e o quarto da região Norte, ganhou a sua Academia de Letras, no último dia 26. Nasceu para valorizar o livro e a leitura e tem como patrono geral um dos nomes mais respeitados da literatura brasileira: Dalcídio Jurandir. Aprovado o Estatuto e escolhida a primeira diretoria, a Academia de Letras de Ananindeua (Alanin) contará com 40 cadeiras e cada acadêmico terá um patrono ou patronesse. A lista é paritária e vai homenagear escritoras e escritores que se destacaram no cenário literário do Pará, da Amazônia e do Brasil.
Está nos planos da diretoria da Alanin a edição de uma revista literária e a criação do Prêmio Novos Escritores. O presidente eleito, poeta José Maria Andrade Filho, explica que a sociedade clama por uma identidade sociocultural e a literatura é essencial para que isso aconteça. “É imprescindível à sociedade, além do acesso à leitura, ser agente criador e recriador das artes da escrita”, diz.
Jetro Fagundes, também integrante da direção da Alanin, define, em versos, o papel da nova academia: A LANIN de objetivos: L uz , foco, plano de ação/A poiando quem faz livros/N ada de acomodação/I mortalizando os vivos/N o sonho e publicação. Escritores de conto, romances, poesia, Histórias em Quadrinhos e outras vertentes literárias começaram a se reunir, ainda no primeiro semestre deste ano, no Centro Cultural Rosa de Luxemburgo, na Cidade Nova.
A fundação aconteceu na última segunda-feira (26/09) na sala 106 do campus BR da Unama, quando foi aprovado o Estatuto e eleitos os membros da primeira Diretoria e do Conselho Consultivo. O Regimento Interno vai ser aprovado no dia 22 de outubro e a posse solene da direção e a ocupação das cadeiras dos acadêmicos deve acontecer em novembro deste ano.
A direção da Alanin está assim constituída: Presidente, José Maria Andrade Filho; vice-presidente, Paulo Roberto Ferreira; primeira secretária, Rejani Aguiar, segunda secretária, Fátima Afonso Veiga; primeiro tesoureiro, Nailson Guimarães; e segundo tesoureiro, Jetro Fagundes, Vladimir Batista, diretor Jurídico. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição: Anne Cavalcante, Márcio Roberto Siqueira, Ana Lúcia Santos da Silva, Marta de Lourdes Rocha Cosmos e Alfredo Guimarães Garcia.
Felipe Alves de Macedo, o Filipinho, deixou a Terra. Foi ao encontro de seus companheiros de luta no Araguaia: Raimundo Ferreira Lima (Gringo), João Canuto, Expedito Ribeiro e tantos outros bravos camponeses que lutaram e tombaram na luta pelo direito de viver e produzir no campo. Dedicou seus 81 anos de vida ao cultivo da terra como animador de comunidade, na organização e resistência dos lavradores, em Conceição do Araguaia. Filipinho foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia, dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Pará) e membro do Partido dos Trabalhadores. Viveu parte de sua vida sob ameaça de pistoleiros a serviço do latifúndio. O ex-dirigente do STTR fez parte de uma lista de “marcados para morrer”. O repórter-fotográfico João Roberto Ripper, que integrou a agência F-4, fez um registro, em 1980, com seis pessoas ameaçadas: Maria da Guia, Josimar, Filipinho, Oneide Lima (viúva do Gringo), Luiz Lopes e João Pereira. O jornalista, em...

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