Esta árvore está com os dias contados para desaparecer, sumir da paisagem urbana. A ceiba pentranda, ou melhor, a samaúma, também conhecida como “rainha da floresta”, “mãe de todas as árvores”, “escada do céu” e “árvore da vida”, teimou em nascer num lugar proibido pelos gestores do espaço urbano. Ela ocupa hoje o canteiro central da rodovia BR-316, em Ananindeua (PA), onde está projetado passar o BRT Belém-Marituba. Fiz o registro para que a gente possa lembrar, no futuro, que uma espécie como esta pode alcançar uma altura de 60 a 70 metros; e que seu fruto produz uma fibra semelhante ao algodão. E assim mais uma dádiva da natureza ficará na nossa memória, como a famosa castanheira que desapareceu da entrada de Belém. Hoje, a única coisa que nos remete a ela é um shopping, construído às proximidades daquela que foi a árvore-símbolo da transição entre o rural e o urbano voraz que “destrói coisas belas”, como diz o poeta baiano.
Encontrei no site MFRural(http://www.mfrural.com.br/busca.aspx?palavras=grude)o seguinte anúncio: "Estou a procura de bucho ou grude de pescada amarela ou corvina para exportar para Hong Kong/China e Estados Unidos". Trata-se de um espaço virtual onde compradores e vendedores se encontram para fechar negócios sobre produtos do campo e da água. Então pude compreender melhor a importância do anúncio que vi e fotografei na orla do município de Vigia de Nazaré, na região do Salgado, no Pará. A grude ou bexiga natatória de determinadas espécies de peixes ósseos, auxilia o animal a se manter em determinadas profundidades. Após ser beneficiada, a grude tem diversos usos, como colas de alto teor de adesão, bem como pode ser utilizado pela indústria espacial em operações cirúrgicas de alta precisão. O pescador coloca para secar por três a quatro dias a grude antes de vender por um preço que varia entre R$ 20 e R$ 30. Mas em grande quantidade o preço no mercado exportador chega até R...
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