Na próxima quarta-feira, dia 19, às 19 horas, 20 acadêmicos tomarão posse em suas cadeiras na Academia de Letras de Ananindeua (Alanin), fundada no dia 26 de setembro do ano passado. O evento vai acontecer no auditório 03 da Unama – Campus BR. Dois palestrantes vão falar sobre as figuras de Dalcídio Jurandir, patrono-geral e Felipa Aranha, patronesse geral da Alanin. Dalcídio Jurandir, nasceu em Ponta de Pedras, no Marajó, é autor de 11 romances e sua obra recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. Felipa Aranha foi uma líder quilombola que liderou a liberação de centenas de escravos na região do Baixo-Tocantins.
Os escritores e professores Paulo Nunes e Rusevelt Santos vão destacar a importância dos homenageados para a literatura e para a luta contra o racismo na Amazônia. A Alanin conta com 40 cadeiras, sendo 20 para reverenciar escritoras e 20 para distinguir escritores, preferencialmente, os que nasceram no Pará e na Amazônia. Cada membro da Academia escolheu o seu patrono ou sua patronesse. Eneida de Moraes, Maria Lúcia Medeiros, Olga Savary, Inglês de Sousa, Benedito Monteiro, Vicente Cecim, Max Martins são alguns dos imortais que dão nome às cadeiras dos acadêmicos.
O principal objetivo da Academia de Letras de Ananindeua é apoiar e promover ações que fortaleçam o livro e a leitura como um direito humano. Visa também valorizar e difundir o conjunto das manifestações artístico culturais do município. Vai instituir o Prêmio Literário Novos Escritores visando despertar talentos literários, promover e incentivar os diversos gêneros literários em Ananindeua.
O presidente da Alanin, poeta José Maria Andrade Filho, destaca que “a população de Ananindeua clama por uma identidade sociocultural e a literatura é essencial para que isso aconteça. É imprescindível à sociedade, além do acesso à leitura, ser agente criador e recriador das artes da escrita”. Por isso mesmo ele vem conclamando os escritores do município a se organizares como desbravadores da cultura popular e lembra que os integrantes da Academia terão importante papel em estimular o livro e a leitura nas escolas e outros espaços culturais.
Outros 20 acadêmicos tomarão posse em solenidade a ser convocada para os próximos meses de maio ou junho.
Felipe Alves de Macedo, o Filipinho, deixou a Terra. Foi ao encontro de seus companheiros de luta no Araguaia: Raimundo Ferreira Lima (Gringo), João Canuto, Expedito Ribeiro e tantos outros bravos camponeses que lutaram e tombaram na luta pelo direito de viver e produzir no campo. Dedicou seus 81 anos de vida ao cultivo da terra como animador de comunidade, na organização e resistência dos lavradores, em Conceição do Araguaia. Filipinho foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia, dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Pará) e membro do Partido dos Trabalhadores. Viveu parte de sua vida sob ameaça de pistoleiros a serviço do latifúndio. O ex-dirigente do STTR fez parte de uma lista de “marcados para morrer”. O repórter-fotográfico João Roberto Ripper, que integrou a agência F-4, fez um registro, em 1980, com seis pessoas ameaçadas: Maria da Guia, Josimar, Filipinho, Oneide Lima (viúva do Gringo), Luiz Lopes e João Pereira. O jornalista, em...




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