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Mostrando postagens de 2025

Nem Greenpeace e nem o Macron roubaram a cena - Boi Marronzinho, Grupo Tunama e performance dinamizam Semana MultiverCidades

A Semana MultiverCidades da Amazônia:Acesso à Justiça e Direito Cidade movimentou nos dias 5 e 6 de novembro muitos atores sociais, em vários espaços, com uma pauta ampla: acesso à justiça, territórios, biomas, cidadania, degradação, resistência, desesperança, caminhos coletivos, saneamento, inovação, urbano, rural, intercâmbio, violência, preconceito, saberes, vulnerabilidade, etc. Tudo junto e misturado com muita cidadania. Uma sinalização clara que é preciso conhecer, enfrentar e buscar juntos, acadêmicos e lideranças populares, alternativas de solução aos problemas da comunidade.   Teve reunião em auditórios e salas da Universidade Federal do Pará e visitas técnicas às comunidades. Pesquisadores pisaram no chão do Curral Cultural Boi Marronzinho, no bairro da Terra Firme, em Belém, que existe há 32 anos. Além de proporcionar lazer, atua como uma ferramenta de mobilização social e foca sua atuação nas áreas de direito à cidade, sustentabilidade, educação e segurança alimentar. Os p...

Filipinho, um exemplo de coragem e resistência

Felipe Alves de Macedo, o Filipinho, deixou a Terra. Foi ao encontro de seus companheiros de luta no Araguaia: Raimundo Ferreira Lima (Gringo), João Canuto, Expedito Ribeiro e tantos outros bravos camponeses que lutaram e tombaram na luta pelo direito de viver e produzir no campo. Dedicou seus 81 anos de vida ao cultivo da terra como animador de comunidade, na organização e resistência dos lavradores, em Conceição do Araguaia. Filipinho foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia, dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Pará) e membro do Partido dos Trabalhadores. Viveu parte de sua vida sob ameaça de pistoleiros a serviço do latifúndio. O ex-dirigente do STTR fez parte de uma lista de “marcados para morrer”. O repórter-fotográfico João Roberto Ripper, que integrou a agência F-4, fez um registro, em 1980, com seis pessoas ameaçadas: Maria da Guia, Josimar, Filipinho, Oneide Lima (viúva do Gringo), Luiz Lopes e João Pereira. O jornalista, em...

“A Cutia e a Castanheira” na avaliação de Daniel Leite

“A Cutia e a Castanheira” é um livro muito pedagógico. Aborda a questão da Amazônia, uma história de animais reunidos no momento de aflição, da destruição da sua casa, da terra, da Amazônia, e como é possível reerguer essa casa. Então a gente pode falar que estamos diante de uma narrativa territorial que parte de uma aldeia, a Amazônia, para pensar o mundo, para pensar a humanidade, para pensar a terra, para pensar todos nós, como filhas e filhos da floresta. Ao mesmo tempo que é uma narrativa de um habitat, estamos diante de uma reunião de animais em um momento de aflição, conversando e pensando como não morrer, como resistir, como reerguer a casa, a terra, a floresta. É uma narrativa que vai além de uma fábula. Estamos diante de uma Cutia que partilha saberes da floresta. A Cutia, o Tatu, a Coruja, o Macaco estão conversando sobre a gente, sobre essa casa que é a casa de todos nós. Bichos, pessoas e árvores. Então é uma narrativa muito bonita por essa perspectiva da alteridade. Eu ...