Criado em 1987 o grupo carnavalesco Axé Dudú chegou a reunir quase 200 brincantes nas ruas de Belém. Em fevereiro de 1989 o tema do grupo girou em torno da música Elé Dá Min, de Edson Catendê, uma homenagem aos orixás criadores do Universo. O grupo foi idealizado pelo Centro de Estudo e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa), com objetivo de resgatar a cultura negra e homenagear a luta dos antepassados escravos, arrancados de suas terras na África pelo colonizador europeu. Quem deu um bom destaque ao trabalho foi o Jornal dos Bairros, um suplemento de O Liberal, editado por Lorena Souza. As fotos da edição são de Paula Sampaio. E a entrevistada foi a querida amiga Elza de Fátima Rodrigues, a Elzinha, radialista, jornalista e doutora em Comunicação Social. A reportagem é de fevereiro de 1989. A fonte é a Biblioteca Virtual da Biblioteca Nacional.
Felipe Alves de Macedo, o Filipinho, deixou a Terra. Foi ao encontro de seus companheiros de luta no Araguaia: Raimundo Ferreira Lima (Gringo), João Canuto, Expedito Ribeiro e tantos outros bravos camponeses que lutaram e tombaram na luta pelo direito de viver e produzir no campo. Dedicou seus 81 anos de vida ao cultivo da terra como animador de comunidade, na organização e resistência dos lavradores, em Conceição do Araguaia. Filipinho foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia, dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Pará) e membro do Partido dos Trabalhadores. Viveu parte de sua vida sob ameaça de pistoleiros a serviço do latifúndio. O ex-dirigente do STTR fez parte de uma lista de “marcados para morrer”. O repórter-fotográfico João Roberto Ripper, que integrou a agência F-4, fez um registro, em 1980, com seis pessoas ameaçadas: Maria da Guia, Josimar, Filipinho, Oneide Lima (viúva do Gringo), Luiz Lopes e João Pereira. O jornalista, em...
Comentários
Postar um comentário