Em setembro de 1987, três meses, após a morte do advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e ex-deputado estadual Paulo Fonteles de Lima, escrevi uma matéria para o jornal da Arquidiocese de São Paulo, "O São Paulo", apontando o nome do articulador e um dos estrategista da morte do líder político paraense, que foi o primeiro presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e um dos líderes da resistência à ditadura militar de 1964. Preso e torturado dentro de uma unidade do Exército brasileiro, Paulo Fonteles é um símbolo da luta pela reforma agrária e na defesa das liberdades democráticas. Dirigente do PC do B foi assassinado por pistoleiros a serviço do latifúndio, na região metropolitana de Belém, no dia 11 de junho de 1987.
Felipe Alves de Macedo, o Filipinho, deixou a Terra. Foi ao encontro de seus companheiros de luta no Araguaia: Raimundo Ferreira Lima (Gringo), João Canuto, Expedito Ribeiro e tantos outros bravos camponeses que lutaram e tombaram na luta pelo direito de viver e produzir no campo. Dedicou seus 81 anos de vida ao cultivo da terra como animador de comunidade, na organização e resistência dos lavradores, em Conceição do Araguaia. Filipinho foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia, dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Pará) e membro do Partido dos Trabalhadores. Viveu parte de sua vida sob ameaça de pistoleiros a serviço do latifúndio. O ex-dirigente do STTR fez parte de uma lista de “marcados para morrer”. O repórter-fotográfico João Roberto Ripper, que integrou a agência F-4, fez um registro, em 1980, com seis pessoas ameaçadas: Maria da Guia, Josimar, Filipinho, Oneide Lima (viúva do Gringo), Luiz Lopes e João Pereira. O jornalista, em...




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